O papel é um material de suporte da informação escrita que produz fortes impactos negativos sobretudo ao nível da produção.
De fato, embora a matéria prima se possa considerar renovável - a madeira, proveniente das árvores que têm como conseqüência o desaparecimento da quase totalidade da fauna e da flora nativas. Este efeito está relacionado não apenas com as espécies utilizadas, mas também com o regime de cultivo: plantações densas, revolução de curtas e lavagem de solos de montanha débeis.
Igualmente significativa é a degradação da paisagem, pela via da uniformização, e a perda do seu caráter e da sua especificidade (biodiversidade).
É um drama em larga escala, que os interesses econômicos encobrem, e que a falta de sensibilidade e de atenção da generalidade dos cidadãos tende a ignorar.
A reciclagem do papel é um procedimento que permite recuperar as fibras celulósicas do papel velho e incorporá-las na fabricação de novo papel. Não é um processo isento da produção de resíduos, mas a produção de pastas virgens também não o é, e assim sempre se minimizam os problemas relacionados com a produção de matéria prima e com a deposição do papel velho.
É importante realçar que os papéis não podem ser reciclados indefinidamente sem que haja perde de qualidade. Após cada utilização, eles perdem parte das suas propriedades e só podem ser reciclados para uso distinto, e um pouco menos nobre, do que o original.
Se se olhar com cuidado e bem de perto para uma folha de papel vai-se perceber que o papel é feito de inúmeras fibras que se cruzam. São elas que lhe dão resistência.
Dependendo do tipo de polpa que é usada para fazer o papel (pode ser pinho, eucalipto ou até outras fibras vegetais como algodão, linho, etc.) ele vai ter fibras mais longas ou curtas e vai ser mais ou menos resistente.
Por isso papel branco é mais caro e inclusive a apara (resto de papel) branca também alcança maior valor no mercado.
E cada vez que se recicla diminui o tamanho das fibras e ele fica um pouco mais fraco. Por isso que para reciclar muitas vezes o mesmo papel, deve-se colocar um pouco de fibra virgem para aumentar a sua resistência.
Um outro problema são os pigmentos presentes no papel.
Para fazer papel branco a polpa (de fibra virgem ou papel já usado) deve passar por um processo químico de branqueamento. Por isso quanto mais pigmento um papel tem, mais difícil fica reciclá-lo e conseguir a partir dele um papel branco.
Na realidade o ideal seria que mudássemos alguns dos nossos hábitos.
Por que necessitamos de um papel tão branco, muitas vezes para uso tão simples (rascunho, caderno de anotações, etc).
E ainda, por que precisamos de produtos e embalagens de papel tão coloridos e cheios de pigmentos muitas vezes tóxicos, que de uma forma ou de outra vão acabar no ambiente, caso sejam sendo reciclados ou não?
Economia feita com reciclagem:
1000kg de papel reciclado = 20 árvores poupadas
1000kg de papel reciclado = 2000l água
1000kg de papel não reciclado = 100 000l água.
O papel é um material biodegradável e orgânico, mas em caso de aterros com pouca humidade o processo de degradação se torna lento, chegando a demorar de 3 meses a 100 anos para se decompor
O processo inicial da reciclagem dá-se na separação do lixo do papel, de seguida existe um banho de detergentes e solventes para retirar a tinta. O papel é transformado numa pasta. As impurezas são removidas com uma série de lavagens. Depois a pasta é misturada com cloro, que a torna branca.
Existem porém alguns tipos de materiais que contaminam o papel, tornando-o difícil de reciclar, como a tabela a seguir:
O Que Podemos Fazer pela Reciclagem do Papel?
Para a reciclagem ser possível cabe ao utilizador - a todos nós - fazer uma selecção correcta dos papeis recicláveis e uma selecção correcta significa essencialmente separar os papeis de outros materiais com os quais possam estar associados - como plásticos por exemplo - e que perturbam o processo de reciclagem. Pelo mesmo motivo, papéis indissociavelmente ligados a outros materiais como as e as embalagens aluminizadas devem ser excluídos.
Caso se justifique, isto é, em locais onde se produz muito papel usado, pode ter interesse uma separação de diferentes tipos de papeis: papeis quase brancos e impressões de computador para um grupo, papeis de jornais e revistas para outro, e cartões para outro.
Esta separação valoriza o papel-resíduo e permite obter pastas recicladas de melhor qualidade
Etapas da reciclagem
Você vai precisar de:
- papéis usados que você descartaria no lixo, como embrulhos, caixas, folhas, envelopes, revistas, sobras de cartolina, cartões, jornais, etc.;
- um recipiente (como lata de leite, vidro grande, etc) para cada tipo de papel;
- liqüidificador;
- bacia funda;
- peneira plástica de fundo plano (ou tela pregada em moldura de madeira), que caiba na bacia (com certa folga);
- jornais (para secar os papéis) panos velhos.
1 - Pique os papéis, cada tipo ou cor numa vasilha com água. Deixe de molho por 24 horas. (O papel pode ficar de molho por semanas, desde que em recipientes limpos).
2 - Coloque uma xícara deste papel umedecido no liqüidificador, com água até 3/4. A própria "água do molho" pode ser aproveitada. Bata a mistura aos poucos e sinta com a mão até obter a textura desejada.
Batendo pouco, você obterá uma mistura com "pedacinhos" do papel original, às vezes até com letras inteiras.
Quanto mais você bater, mais homogênea ficará a mistura. Mas não bata demais; isso deixa o papel quebradiço, e não mais fino.
3 - Despeje o papel batido na bacia com água até a metade. Agite a mistura com a mão para as partículas de papel não assentarem no fundo.
4 - Mergulhe a peneira pela lateral da bacia até o fundo, subindo-a lentamente, sem incliná-la, "pescando" as partículas em suspensão.
Uma camada de papel se forma sobre a peneira.
Se desejar um papel mais grosso, adicione papel batido à bacia, agite e peneire novamente.
5 - Passe a mão várias vezes sob a peneira inclinada para escorrer a água.
6 - Coloque a peneira sobre jornal, para secar a superfície inferior. Troque o jornal até que este não fique mais molhado.
7 - Ainda sobre o jornal, cubra a peneira com um pano e aperte como uma massa de torta na forma, para secar a superfície superior da folha.
Use vários panos até que estes não fiquem mais molhados. O papel ainda estará úmido, mas não deverá molhar a mão no toque.
8 - Vire a peneira sobre jornal seco e dê vários tapas no fundo. A folha deve soltar. Se o papel estiver muito úmido a folha não cai, (daí desvire a peneira e repita a etapa 7).
9 - Coloque a folha entre jornais secos, e deixe-a secar até o dia seguinte.
Pronta, esta folha poderá ser escrita, cortada, dobrada , colada, pintada, datilografada, enfim, usada como papel.
As sobras de papel picado ou batido podem ser peneiradas, espremidas e guardadas em potes tampados para futura reciclagem, ou descartadas separadamente para coleta seletiva e reciclagem industrial. A água que sobra na bacia pode ser despejada no vaso ou no jardim.
Figuras das etapas:
Você Sabia?
Uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 75% de energia eléctrica e polui o ar 74% menos do que se fosse produzido de novo.
Para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso 10 a 20 árvores, 10 mil litros de água e 5 mW.hora de energia, enquanto que para produzir uma tonelada de papel reciclado apenas é preciso uma tonelada e meia de papel velho, dois mil litros de água e 2,5 mW.hora de energia.
De acordo com o Departamento de Conservação de Energia dos EUA, a queima de papel produz 8.000 Btu/libra enquanto a reciclagem recupera apenas 2.000 Btu/libra. Isto significa que, para que os processos se equilibrem, o papel teria que ser recuperado como polpa pelo menos 4 vezes, o que é difícil, já que a qualidade da fibra fica comprometida com a sucessão de reprocessamentos.
Cuidados a serem tomados na reciclagem do papel, de acordo com o Warmer Bulletin:
Um mito bastante conhecido é dizer-se que a reciclagem do papel salva as florestas e preserva os seus recursos naturais. Ao contrário do que se pensa, a celulose é obtida sempre de árvores que foram anteriormente plantadas, portanto a celulose é um recurso natural renovável. Assim, pode dizer-se também que o gasto de energia, no processo de reciclagem do papel, pode ser maior do que a energia consumida no processo de fabricação do papel com celulose.
Outro aspecto a considerar é que, no processo de reciclagem do papel, se consome muita água e, se não forem tomados os cuidados devidos, esta água pode chegar a converter-se num líquido altamente contaminante. Uma das maiores dificuldades no processo de reciclagem ocorre na etapa de retirar a tinta do papel. Para obter um resultado de boa qualidade existem dois métodos usados habitualmente: o primeiro consiste em juntar produtos químicos durante o fabrico da polpa usando grandes quantidades de água para enxaguar a mistura e as bolhas de ar produzido na polpa, removendo posteriormente a tinta juntamente com as outras impurezas que flutuam na superfície. O segundo método, que produz um material de pior qualidade – mas tem a vantagem de utilizar menos água -, consiste em diluir a tinta em toda a massa da polpa.
Em qualquer dos métodos, deve ter-se presente o cuidado para com o meio ambiente. A adaptação das indústrias a estes cuidados exigirá um maior investimento.
Objetos feitos com papel reciclado
Brenda Silva e Débora Araujo
SUPER INTERESSANTE!
ResponderExcluirMonique Costa ;*
Gostei muito...super educativo!
ResponderExcluirIsaane Sodré
Muito lindo os objetos de papel reciclado! amei
ResponderExcluirMariana Nunes Gomes
Vamos reciclar mais papeis,para poupar as arvores.
ResponderExcluirIago Sena
eu perguntei o porque que o papelão e o mais dificio de ser reciclado
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